IPH - Instituto de Pesquisas Hospitalares

Publicações Revista IPH Revista IPH Nº 12: Anais Entrevista com o Coordenador Científico do Congresso de Gestão de Pessoas & Liderança

Revista IPH Nº 12
Entrevista com o Coordenador Científico do Congresso de Gestão de Pessoas & Liderança Cláudio Collantonio
IPH - Sobre o Congresso de Gestão de Pessoas e Liderança, quais são as principais discussões propostas para o ano de 2015?

Cláudio Collantonio - O Congresso de Gestão de Pessoas e Liderança tem dois grandes fatores em termos de abordagem. O primeiro deles é uma dificuldade que o segmento saúde tem como um todo, nós temos um grande problema que nós chamamos de "apagão de mão de obra". O que é o "apagão de mão de obra"? É a má formação acadêmica e a disputa pelo mesmo profissional por diversas instituições que ocorre principalmente na região Sul e Sudeste do Brasil. Tanto que nós trouxemos palestrantes das duas regiões para poder falar como eles estão resolvendo isso. Descobrimos nestas palestras três ações bem diversificadas: a busca de alternativas de mãos de obra, o caso exemplificado foi o caso dos haitianos que estão chegando ao Brasil; a outra foi a busca de formação na própria localidade, é melhor formar do que tentar captar no mercado esse profissional; e a terceira solução que foi apresentada para nós foi a criação dentro da instituição de celeiros de profissionais multidisciplinares para cobrir as escalas.

O outro fator sobre o qual eu falei foi em termos da preparação da liderança. Nós tivemos uma proposta de enfocar o líder como um integrante da equipe, por isso, nós abordamos equipes auto gerenciáveis. O líder, além de ter a expertise da ação dele, também precisa cuidar do relacionamento interpessoal, este passou a ser ponto fundamental, esta relação de equilíbrio é o que garantiu ao líder ter maior assertividade. Buscamos palestrantes que pudessem, primeiro, enfocar neste propósito e, depois, medir este propósito. Tanto que uma das nossas palestras de opção foram os instrumentos que hoje fazem assessment profissional para entendermos como essas ferramentas (PPA, DISC, MBTI, Insights) atuam nesse mapeamento interno das instituições.

Toda a Comissão Científica deste Congresso buscou estes dois fatores e por quê? Porque a Comissão Científica é composta por profissionais que atuam com estas dificuldades ou com estas "reclamações" em não ter um líder enfocado dentro da equipe, assim foi esse o nosso propósito.

IPH - Para um jovem que está começando os estudos em nível superior ou para um recém-formado, que conselho o senhor daria a este jovem profissional ou até a um profissional que está tentando uma recolocação no mercado. Como ele conseguiria se colocar, já que há uma demanda por mão de obra qualificada, qual seria o nicho onde ele poderia investir para ter uma possibilidade de vaga?

Cláudio Collantonio - Hoje, eu diria que houve uma migração da década de 90 para esse novo modelo que nós praticamos. Houve uma época em que o nome da instituição acadêmica pesava muito, hoje eu diria que não é tão importante o nome da instituição acadêmica. Mas é muito importante a prática aliada ao conhecimento teórico, quando o profissional consegue conciliar os dois, ele vem mais bem preparado para o mercado. No segmento de saúde, onde é a porta de entrada? Primeiro, os programas trainees. Praticamente todas as instituições de porte do segmento de saúde têm modulado programas trainees para o técnico de enfermagem, para o enfermeiro, residências para profissionais médicos e para outras profissões que exigem residência, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais. Então, a grande porta de entrada é a absorção do conhecimento por meio de programas trainees e estágios durante o curso de formação, porque esta experiência já conta na hora da contratação. Eu acho que este é o grande caminho.
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